Esta sexta-feira, 30 de junho, é a próxima data de união e luta no Brasil pelo “Fora Temer” e “Diretas Já”, com greve geral e atos em todas as regiões. O grito “se empurrar o Temer cai” soa como uma realidade cada vez mais próxima para o movimento de resistência que tem vibrado ao longo de todo o ano no Brasil. Cada vez mais cheias, as manifestações têm feito pressão no Congresso e dificultado aprovação de reformas governistas.
Além da convicção de que o governo é ilegítimo e planeja reformas contrárias aos interesses da população, estão vindo à tona as evidências de corrupção praticadas por Michel Temer, desde 26 de junho denunciado pelo Supremo Tribunal Federal. Michel Temer é o primeiro presidente brasileiro acusado durante o exercício do cargo e o que tem a aprovação mais baixa das últimas três décadas.
Enquanto a hora de ir às ruas não chega, relembre a construção da luta no Brasil em 2017:
Na tradicional marcha do Dia da Mulher, elas tomaram a dianteira da luta e escolheram o tema “Aposentadoria Fica, Temer Sai”.
Garotas e senhoras de todas as idades fizeram barulho no 8 de março para denunciar ameaças da reforma da previdência, que tinha acabado de ser enviada à Câmara e ainda era pouco conhecida da população.
A resistência começou a tomar grandes proporções no dia 15 de março, em um movimento não previsto pelos governistas e setores conservadores.
Depois do Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência, organizado pelas centrais sindicais e frentes Brasil Popular e Frente Sem Medo, toda a população passou a conhecer os riscos da reforma proposta por Temer.
Outro golpe, o de 1964, foi relembrado neste dia. “[O estudante morto durante a Ditadura Militar] Edson Luís continua presente nas nossas memórias. Aqui se respira luta e não aceitaremos um projeto que não foi aprovado nas urnas!”, discursou Fabíola Loguercio, diretora da UBES.
Essa entrou para a história como maior greve geral brasileira, com 35 milhões de trabalhadores mobilizados no País. A saída para a crise institucional por eleições diretas começou a ganhar muita força entre os manifestantes.
Os atos contaram com gente de todas as idades, um dia depois da reforma trabalhista ter sido aprovada pela Câmara e enviada ao Senado.
A capital federal parou depois que veio à público uma delação comprometedora para Michel Temer, em áudio da operação Lava Jato.
Pelo Fora Temer e Diretas Já, 150 mil ocuparam a Esplanada e resistiram à repressão policial. Dentro do Congresso, protestos também impediram avanço de reformas.
Dia 30 de junho vai ser maior. Confira mais informações e participe da greve geral!