Nesta quarta-feira (15) secundaristas e professores de todo o país se uniram em mais um protesto contra os retrocessos propostos pelo Governo Federal. Dessa vez, as reivindicações são contra a reforma da Previdência e trabalhista, além da qualidade da educação.
Desde que assumiu a presidência, Michel Temer tem sido responsável por diversos ataques à educação, como a “deforma” do Ensino Médio e a PEC 55, medida que congela investimentos em áreas sociais, como o ensino público. Agora, Temer propõe uma reforma na Previdência que obriga os jovens a ingressarem no mercado de trabalho cada vez mais cedo, prejudicando ainda mais a formação escolar dos cidadãos.
“No último ano construímos uma ampla frente contra os retrocessos propostos por esse governo, hoje aderimos à greve geral visto que a juventude também sofrerá com esses ataques aos direitos trabalhistas”, diz Camila Lanes, presidenta da UBES.
As informações são de que estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, entre outros aderiram à paralisação e não abriram os portões de centenas de escolas no dia de hoje. Docentes de Brasília e Pernambuco decretaram greve por tempo indeterminado.
São Paulo – Os profissionais de escolas municipais já definiram que vão manter a greve até o dia 21, quando ocorrerá nova manifestação para definir os próximos passos da categoria. Na rede estadual, a mobilização dos professores paralisou 3% das escolas da capital e da Grande São Paulo.
Rio de Janeiro – No Dia Nacional de Paralisação contra a Reforma da Previdência, escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro também tiveram as atividades suspensas. De acordo com o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro-RJ), que representa os profissionais da rede particular, mais de 15 mil aderiram à paralisação contra as reformas da previdência, trabalhista e do ensino médio, além do projeto Escola sem Partido.
Minas Gerais – Escolas nas regionais de Varginha, Poços de Caldas e Pouso Alegre não tiveram aulas. Em Juiz de Fora, um ato ocorreu pelas ruas da região central, manifestantes se reuniram na Praça da Estação por volta das 9h, cerca de 30 escolas como Colégio de Aplicação João XXIII, Escola Estadual Fernando Lobo e Colégio Politécnico Pio XII participaram do protesto.
Paraná – Em Curitiba, 185 colégios estaduais e 162 escolas municipais aderiram ao dia de paralisação. Nos colégios estaduais do Paraná e Tiradentes, os portões permanecem fechados.
Rio Grande do Sul – Parte dos docentes da rede estadual e municipal aderiram à greve de três dias convocada pela Confederação Nacional dos Educadores. A paralisação ocorreu de forma parcial em Porto Alegre e nas maiores cidades do Rio Grande do Sul, como Passo Fundo, Santa Maria e Pelotas.
Ceará – Em Fortaleza, houve paralisação no Colégio de ensino médio na EEEP Marwin e oficina preparatória de faixas e turbantes para o ato que aconteceu à tarde no centro.
Pernambuco – Professores da rede estadual de Pernambuco e de cinco municípios decretaram greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (15). A decisão integra uma série de manifestações contra a reforma da Previdência. Os docentes fizeram uma caminhada pela região central do Recife junto a outras categorias, também contra a proposta do Governo Federal.
Brasília – Educadores da rede pública do Distrito Federal confirmaram na manhã desta quarta-feira (15/3), durante ato em frente à Catedral, na Esplanada dos Ministérios, que estão paralisados por tempo indeterminado.
De acordo com a Vice UBES Regional, Bruna Helena, que participou do protesto em Juiz de Fora (MG) na manhã de hoje, os estudantes estão decididos a barrar todos os ataques de Michel Temer. “Os estudantes junto com os trabalhadores estão decididos a barrar o Temer e todos os seus retrocessos. A palavra de ordem é contra a reforma da Previdência, contra a reforma trabalhista, mas também contra a reforma do Ensino Médio”, afirma.