Nem flores, nem parabéns. O 8 de março é data para lembrar a luta das mulheres contra todo tipo de violência e abuso contra elas, como o feminicídio, a desigualdade de direitos, a exploração no trabalho e na economia.
No Brasil, o Dia Internacional da Luta pelos Direitos das Mulheres foi marcado por milhares nas ruas, lutando contra a reforma da previdência, pelo fim da violência contra a mulher e pela legalização do aborto. Pelo menos 11 estados e o Distrito Federal tiveram atos durante toda esta quarta-feira. Saiba como foi!
São Paulo
Em São Paulo, professores da rede municipal e estadual se uniram ao protesto internacional de mulheres 8M na Av. Paulista, e seguiram pela Av. Brigadeiro Luiz Antônio em direção ao centro. Na praça da Sé, outro ato reunindo entidades dos movimentos estudantil, sindical e sociais protestava contra a reforma da previdência, pelo fim da violência contra a mulher e pela legalização do aborto. O ato passou pela rua Senador Feijó e Largo de São Francisco e seguiu sentido Avenida Brigadeiro com o intuito de encontrar o ato que se concentrou na Avenida Paulista.
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Rio de Janeiro
Com o lema “Nem uma a menos! Contra a Reforma da Previdência e Trabalhista”, mais de 7 mil mulheres realizaram manifestação na Candelária, centro do Rio de Janeiro. Às 19h, a marcha seguiu em direção à Assembleia Legislativa. Na entrada das barcas de Niterói também teve ato das mulheres na luta pela garantia de direitos e pela vida.
Belo Horizonte
“Se cuida, se cuida, se cuida seu machista, a America Latina vai ser toda feminista”. Esse é o canto entoado por centenas de mulheres em ato pela busca da igualdade entre gêneros, em Belo Horizonte. A manifestação, que teve concentração às 15h30, na Avenida João Pinheiro, na pista que liga ao Centro da cidade, faz parte da Greve Internacional de Mulheres, movimento também conhecido pela sigla M8, com adesões em quase 50 países.
Brasília
Em Brasília, a esplanada dos ministérios foi tomada por cerca de 5 mil mulheres que dançavam e cantavam uma ciranda de “Fora Temer”. A passeata teve concentração em frente ao Museu Nacional e seguiu sentido Praça dos Três poderes. No Senado, manifestantes e parlamentares mulheres fizeram um apitaço pela igualdade dos direitos, pelo fim da violência contra as mulheres e contra a reforma da previdência.
Recife
No Recife, trabalhadoras do campo e da cidade ocuparam o prédio do INSS contra a reforma da Previdência na manhã desta quarta-feira. Militantes de movimentos feministas, sociais e sindical se concentraram no parque 13 de maio, às 14h, e seguiram em passeata do ao som do batuque do maracatu e com faixas que reafirmam o posicionamento igualitário entre homens e mulheres e contra o feminicídio.
Belém
Em Belém, a sede do INSS, no centro, foi tomada por mulheres do MST, CUT e ativistas feministas na manhã desta quarta-feira (08), durante o ato pelo Dia Internacional da Mulher contra a reforma da previdência. Um grupo de mulheres integrantes de movimentos sociais paraenses também realizaram caminhada em luta pela igualdade de direitos. Segundo a organização do evento, cerca de mil mulheres de 48 movimentos sociais participam do evento.
Fortaleza
O ato do Dia Internacional da Mulher em Fortaleza (CE) teve concentração na praça da imprensa, e seguiu até a sede da Previdência Social, com o mote principal da luta das mulheres contra a reforma da aposentadoria, proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A manifestação também foi contra todo tipo de violência sofrida pelas mulheres.
Salvador
Com discursos empoderados e reivindicando por direitos, centenas de mulheres saíram em caminhada na tarde desta quarta-feira (8), em Salvador, pela igualdade de direitos, contra o governo Temer e contra a reforma da previdência. A tradicional Marcha das Mulheres deixou a Praça da Piedade, no centro da capital, às 15h e terminou por volta das 18h, segundo a Transalvador. De acordo com Lidinalva de Paula, que integra a Rede Mulheres Negras da Bahia, o ato que celebra o Dia Internacional das Mulheres leva para as ruas cerca de 98 entidades.
Porto Alegre
Cerca de 3 mil pessoas ocuparam a Esquina Democrática – cruzamento enre a Avenida Borges de Medeiros e a Rua dos Andradas, em Porto Alegre, por volta das 18h. As mulheres gaúchas levavam cartazes de “Volta, Dilma”, “Mulher é resistência” e “Ligue 180”, em referência ao número da central de atendimento à mulher. Pela manhã, mulheres que fazem parte da Via Campesina, e a outros movimentos sociais ligada ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), iniciaram uma caminhada na ponte do Guaíba, na BR-290, que dá acesso a Porto Alegre, até uma agência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), em protesto contra a reforma da previdência.
Curitiba
A agência do INSS, em Curitiba, foi ocupada em ação das mulheres denunciando a demolição dos direitos sociais. Na capital paranaense, o ato, com concentração na Praça Santos Andrade, a partir das 17h, seguiu em direção à Boca Maldita. No trajeto, foram feitos sete paradas, com debates sobre o papel da mulher na sociedade e a diferença em relação aos homens, além da violência contra a mulher.