Astronomia, feminismo, robótica e dança são alguns dos temas que chegaram a escolas do Brasil graças à plataforma “Quero na Escola”, que liga o interesse de jovens a especialistas. Funciona assim: por um lado, os estudantes cadastram o que sua turma quer aprender. Por outro, profissionais interessados inscrevem as áreas em que têm conhecimentos para compartilhar. A plataforma faz a ponte e, assim, estudantes têm conseguido contato com especialistas para aulas fora do currículo desde 2015.
A iniciativa foi criada por quatro jornalistas de educação durante o Social Good Brasil, um laboratório de ideias e inovação. Apesar de não se propor a resolver problemas estruturais do ensino público, a plataforma colabora para que muitos jovens tenham acesso a assuntos novos, como se vê nas imagens abaixo.
Além disso, as trocas criam um elo maior entre os moradores da cidade e as escolas. As pessoas que vão voluntariamente dar oficinas ou palestras acabam conhecendo melhor a realidade dos estudantes e, muitas vezes, se envolvendo com as questões da educação.
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Em 2015, a presidenta do grêmio da escola no extremo sul de São Paulo pediu uma palestra sobre feminismo. A escola Estadual Joaquim Alvarez Cruz não só cedeu um pátio para as voluntárias conectadas pelo Quero na Escola como liberou todos os estudantes e professores do período noturno para participar. Veja mais.
Em junho, um estudante da USP preparou uma apresentação informativa tanto com imagens espetaculares quanto gifs e animações que divertiram os alunos, na Escola Estadual Professor Ronaldo Garibaldi Peretti. Ele mostrou a imensidão do universo e as infinitas possibilidades de estudos e descobertas. Veja mais.
Uma psicóloga especialista em gênero falou sobre sexualidade a estudantes da escola estadual Paulino Nunes Esposo. A aula fez tanto sucesso que, depois disso, surgiram pedidos no mesmo colégio para falar sobre feminismo, racismo e diversidade religiosa. Veja mais
Um profissional de T.I. atendeu o pedido de um estudante interessado em computação na escola estadual Nacif Amin Chalupe e levou até um óculos de realidade virtual, além de abordar as questões práticas para quem quer seguir na área. Veja mais.
Esta foi ano passado. A pedido de um estudante de 17 anos, dois especialistas em Direitos Humanos abordaram o tema na escola estadual Anecondes Alves Ferreira. Os professores que participaram da roda se animaram ao ver o envolvimento dos jovens com o assunto. Veja mais.
O estudante que pediu a aula ficou satisfeito por ter aprendido mais sobre o assunto que gosta e pelos colegas também terem se interessado. Os voluntários também comemoravam: “Essas são as conexões que a gente quer”. Foi na escola estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana, em abril. Veja mais
Numa edição especial para o mês do professor, uma roteirista de histórias em quadrinhos ajudou o professor de história da escola estadual Anne Frannk, em Contagem (MG), a narrar a trajetória do bairro onde fica a escola, na periferia de Belo Horizonte. Veja mais.
Com oficinas em quatro salas da escola estadual Professora Maria Soares, uma voluntária propôs a 140 estudantes continuar histórias começadas por seus colegas. No final, comemorava a possibilidade de “dividir com o mundo” seus conhecimentos. Veja mais.