A morte da vereadora Marielle Franco, 38, e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, 39, gerou comoção e revolta no Brasil e no exterior. O dia de ontem (15) foi marcado por cortejos em diversas capitais brasileiras em símbolo de resistência e solidariedade.
Anderson morreu enquanto trabalhava. Morava com a esposa e com a filha de 1 ano no bairro de Inhaúma, na zona norte do Rio. Atingido com 3 tiros nas costas, ele foi vítima do crime político que levou à sua execução e a de Marielle Franco, atingida com 3 tiros na cabeça e 1 no pescoço. O carro em que os dois estavam foi alvejado, no total, com 13 disparos.
Ele era motorista particular e também do aplicativo Uber na cidade do Rio de Janeiro. Era pai, casado, trabalhador e com origem na Fazendinha, favela do Complexo do Alemão. Seu nome tornou-se, junto ao dela, o símbolo da luta por justiça e contra a violência que ousou calar as vozes de defesa da população pobre e periférica.
Anderson está vivo, presente, e sua morte não irá calar a luta de todos que defendem a justiça social, o fim da violência e das desigualdades.
Na manhã desta sexta-feira (16), a Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou que há indícios de que o carro das vítimas foi perseguido por 4km até a execução. Marielle estava em um evento na Lapa e câmeras de segurança registraram um carro que estacionou juntamente com o da vereadora e saiu ao mesmo tempo que o dela.
Segundo a Policia Civil, com base no rastreamento das balas disparadas pelos executores, foi utilizada uma pistola de calibre 9mm e a munição corresponde a lotes vendidos à Polícia Federal de Brasília em 2006. As policias civil e federal anunciaram que vão aprofundar a investigação.