A pandemia escancarou o verdadeiro desastre que é o governo Bolsonaro. O impasse na nomeação de um ministro para o MEC, faz o Brasil vivenciar um momento semelhante a pré-ditadura quando ficou sem ministros na Educação e Saúde ao mesmo tempo. O caos no governo se espalha por todos os seus ministérios e ignora logo as duas áreas com mais problemas para os brasileiros, segundo uma pesquisa do Datafolha.
Mais de 53 mil mortos pelo coronavírus, milhões de brasileiros ainda na fila pelo auxílio emergencial, sistema de saúde sobrecarregado e Bolsonaro deixa o Brasil SEM ministro da Saúde, até o momento com um interino (provisório) ocupando o cargo.
Como sempre dá pra piorar com esse governo, a educação que sofre com incertezas na reabertura dos colégios, no ano letivo e na aplicação do Enem também ficou sem ministro, após a queda de Abraham Weintraub. A última vez que os ministérios da Saúde e da Educação ficaram sem ministros foi durante a pré-ditadura militar, há 58 anos. Entre a renúncia do ex-presidente Jânio Quadros e a posse de João Goulart, o Brasil também ficou com vácuo nas pastas em setembro de 1962.
O mais inacreditável é que ficar sem ministros é só um “detalhe” do governo Bolsonaro que vem causando um caos em todos os setores durante a pandemia. Listamos os principais desastres causados pelo presidente nos ministérios, dá uma olhada!
Não foram poucas as vezes em que Bolsonaro andou nas ruas sem máscara, abraçou militantes e participou de manifestações antidemocráticas sem nenhum cuidado sanitário. Tem foto dele passeando em comércio, comendo hot dog na rua e até andando de jet ski. Desde o começo da pandemia, ele já a minimizou inúmeras vezes, mesmo com o número de contágio cada vez maior – não à toa o Ministério da Saúde tirou do ar o portal com dados diários sobre a pandemia e depois voltou atrás.
Os desafios para discutir com especialistas e a comunidade científica sobre a reabertura de escolas, manutenção do ano letivo, acessibilidade online para famílias pobres e até as datas do Enem se tornam quase impossíveis com o MEC de Bolsonaro. Todas as ações concretas como o #AdiaEnem e as campanhas pela merenda, só foram possíveis graças à mobilização dos estudantes.
Toda semana cai um ministro diferente no Big Brother Brasília. O último que se mandou foi o ex-ministro da Educação (e o pior da história do MEC), Abraham Weintraub. Incapaz de coordenar a própria equipe, Bolsonaro também coleciona inimizades de antigos aliados como os ex-ministros Sérgio Moro, Henrique Mandetta, Nelson Teich e o General Santos Cruz.
Esse governo extinguiu a pasta para deixá-la somente como uma mera secretaria, vinculada ao Ministério do Turismo. Além de ignorar a importância da cultura brasileira, Bolsonaro teve à frente da pasta uma figura que exaltava o nazismo e depois a atriz bolsonarista Regina Duarte. Vieram carregados de ideologia e incapazes de atender as demandas de artistas e produtores – não à toa caíram fora.
Em mais um movimento que fere a democracia, Bolsonaro recriou o Ministério das Comunicações e colocou uma figura ligada a uma das maiores emissoras do país para estar à frente da pasta. O mais preocupante é que o responsável por controlar e fiscalizar as concessões de rádio e televisão, além de distribuir verbas publicitárias do governo federal, é uma pessoa que está diretamente vinculada a uma concessão.