Para impedir assembleia que esclarecia os acontecimentos da greve, diretor da instituição agrediu estudantes, proferiu ofensas homofóbicas e manteve em cárcere privado diretores do movimento estudantil
A ação autoritária da direção escolar reprimiu ontem (20/02) a Assembleia Geral dos Estudantes na Etec Getúlio Vargas. O diretor da instituição agrediu estudantes, proferiu ofensas homofóbicas e manteve em cárcere privado diretores do movimento estudantil. Com agressividade, Marcelo Gazzo tentou impedir a reunião dos secundaristas que visada esclarecer as dúvidas sobre a paralisação dos professores e funcionário iniciada na última segunda-feira.
A denúncia contra o diretor foi publicada na página oficial da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), juntamente com vídeo do momento que houve a tentativa de agressão. Os estudantes denunciam que na tentativa de reprimir a realização da assembleia, o diretor da instituição chamou uma das estudantes de ‘viadinho’. “Foi homofóbico com alguns de nossos diretores e agrediu a presidenta da UPES, Nicoly Mendes. Não contente, acionou a rota e manteve em cárcere privado os três diretores da entidade, porém, todos conseguiram fugir”, diz trecho da denúncia.
O episódio de autoritarismo da direção da ETEC terminou com a fuga dos líderes estudantis, que precisaram pular um muro de 3,5m para sair da escola, sob ameaça do diretor que acionou a ronda escolar para “resolver a situação”.
A diretora da UBES, Wesley Machado, denúncia a prática do diretor como símbolo das tradicionais direções autoritárias à frente das escolas do estado de São Paulo. “A UPES partiu para diálogo com a estudantada para aproveitar o ensejo e fazer um real debate sobre as deficiências do ensino técnico ofertado pelo governo de Geraldo Alckmin. O que vemos no vídeo é um diretor-ditador que usa até da força para coibir o movimento estudantil de cumprir seu papel: mobilizar os estudantes”, diz.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas lançou nota de repúdio à inadmissível ação do então diretor, Marcelo Gazzo. O acontecimento figura, infelizmente, na realidade de milhares de estudantes impedidos de se organizar em um Brasil prestes a completar 50 anos de Golpe Militar. O movimento estudantil secundarista abre mais um chamado pela gestão democrática nas escolas, defendendo um novo modelo de ensino que substitua as ditadoras direções escolares por reais espaços de participação dos secundaristas.
Leia nota na íntegra, acessando: http://wp.me/p3POeY-36q