Em relatos reais, juventude denuncia abusos e a importância de garantir o debate de gênero e diversidade nos Planos Municipais de Educação
Com relatos reais, um movimento nacional foi iniciado nas redes sociais para manifestar a opinião da juventude brasileira sobre a retirada das propostas de gênero e diversidade dos Planos Municipais de Educação (PME). Em várias cidades, onde as Câmaras Municipais tem desconsiderado o papel da educação no combate ao machismo, homofobia e preconceito racial e religioso, os estudantes tem denunciado as discriminações que são vítimas nas salas de aula.
No facebook, o Coletivo LGBT Cores foi criado por estudantes de São Paulo para, através do diálogo coletivo, manifestar o que está em jogo com os vetos. Em entrevista, os administradores da página explicam que a ideia surgiu por necessidade de se organizarem para demonstração sua indignação através da luta.
“Em Limeira e Campinas todas as propostas em relação às pautas de gênero e orientação sexual nas escolas tem sido barradas. É um ataque à nossa democracia, um ferimento grave à nossa Constituição por propor um debate de censura para mulheres e LGBTs. Baseado em como nós mulheres, LGBTs, negras e negros, gordas e gordos sofremos com os padrões impostos na sociedade, refletindo o que acontece no ambiente escolar”, relataram os organizadores.
Baseados em fatos reais, na maioria deles casos vivenciados por estudantes brasileiros, a campanha viralizou e já tem ganhado adeptos de outros países.
“As LGBTs tem um espaço hoje na sociedade marginalizado, são excluídas em guetos e a opressão está em toda parte. No Brasil, os cargos de decisão são reservados essencialmente para os homens brancos; LGBTs, mulheres, negras e negros ora tem sua posição diminuída, ora salários inferiores”, explicam os administradores da página.
A UBES, grêmios estudantis, Uniões Municipais (UMES) e União Estaduais (UEES) secundaristas tem se manifestado em seus estados contra os parlamentos conservadores que tem vetado indiscriminadamente as propostas e ignorado a responsabilidade o Estado de garantir, através da educação, o respeito à diversidade e à tolerância, seja ela de gênero, sexual, racial ou religiosa.
Apesar de terem como compromisso dimensionar as demandas educacionais de cada região em consonância com o Plano Nacional de Educação (PNE), em diversos estados os textos vem sendo massacrados pelo conservadorismo e a intolerância. Em diversos municípios, as estratégias que tratam sobre o debate de debate de gênero e respeito às diversidades nas escolas tem sido retiradas.
Para a UBES, essas são metas estratégicas para emancipação da educação, retirá-las significa fortalecer mecanismos reprodutores de preconceitos que há anos a educação brasileira é submetida.
Para saber mais sobre o assunto, acesse a nota oficial de repúdio aqui.