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FÓRUM DEBATE O PAPEL DA REDE TÉCNICA PARA ELEVAR ESCOLARIDADE

Meta de erradicar o analfabetismo e ampliar a integração entre o ensino básico e profissionalizante destaca desafios do PNE

Com o tema “Pronatec, Mulheres Mil e a elevação da escolaridade”, o Fórum Mundial de Educação Profissional Tecnológica debateu na tarde desta quarta-feira (27) o desafio de articular o índice de qualificação no país. Com o objetivo de erradicar o analfabetismo e oferecer educação básica integrada ao ensino profissionalizante, conforme as metas 9 e 10 do Plano Nacional de Educação (PNE), a discussão aconteceu no Centro de Convenções de Recife.

O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Belchior Rocha, falou da iniciativa “Mulheres Mil”, que desde 2014 integra o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A proposta é garantir acesso, permanência e êxito na formação de mulheres pobres em situação de vulnerabilidade, potencializando sua formação qualificada.

“Os Institutos Federais alargaram o número de oportunidades para mais de 100 mil mulheres, promovendo mais formação através do aperfeiçoamento de seus conhecimentos e inserção no mundo do trabalho. Conseguimos avançar socialmente, mas ainda falta rever a portaria do Pronatec para que o programa atenda de maneira adequada esse resgate social dentro dos IFs, escolas públicas municipais e estaduais”, concluiu Belchior.

Para a secundarista Mariana Mariano, do Instituto Federal do Espírito Santo, campus Cariacica, é preciso destacar a luta contra a precarização dos cursos. “Temos que estudar bem antes de colocar o curso em prática, como a formação de manicure, por exemplo. Será que cumpre o papel de levar essas estudantes para o mercado de trabalho? Queremos, na verdade, dar autonomia às mulheres, empoderamento através de sua verdadeira profissionalização”, pontuou Mariana.

O diretor de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos do MEC, Mauro José da Silva, relembrou os índices que precisam ser revertidos. “Há no Brasil, pouco mais de 3,3 milhões de pessoas analfabetas, o equivalente a 8,5% de toda população. Não é um desafio pequeno, por isso a importância de resgatar a cidadania e o trabalho na perspectiva de construir um projeto de vida”, afirmou.

A professora de Gênero e Cidadania no Rio Grande do Norte, Maria do Socorro, comentou os avanços que o programa de inclusão representa. “É o resultado de uma luta histórica que o movimento feminista protagonizou. Precisamos da articulação para extensão, pesquisa de capacitação e mercado de trabalho”, enfatizou.

Suevelin Cinti, de Olinda.