Estudantes finalizam série de mobilizações, mas a luta não para. Secundaristas continuam na rua em apoio aos professores
Durante o 13º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET), realizado entre os dias 1 a 4 de fevereiro, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a UBES aprovou um documento exigindo melhorias na qualidade do ensino técnico do país com a presença de 1.700 secundaristas. Essa resolução reuniu as reivindicações dos estudantes e deu início à tradicional Jornada Nacional de Lutas pelo Ensino Técnico, que neste ano aconteceu entre os meses de março e abril em diversos estados brasileiros.
De norte a sul do país, estudantes realizaram em seus institutos federais e escolas técnicas mais de 20 atos, em mais de 11 estados, como Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina,Pará, Espírito Santo, Pernambuco, Mato Grosso, Amazonas, Alagoas e muitos outros, reivindicando mais acesso, expansão, qualidade e assistência estudantil.
Após Jornada de Lutas em defesa do Ensino Técnico, diversas instituições obtiveram conquistas. O Instituto Federal de Macéio, por exemplo, conseguiu que o reitor da instituição se comprometesse com as pautas dos estudantes, fornecendo salas climatizadas e a instalação de novos bebedouros.
Já no Rio de Janeiro, os estudantes cariocas protestaram contra o corte de verbas para o ensino técnico na Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). Após a reunião entre a direção e os estudantes, a instituição se comprometeu com as reivindicações dos secundaristas, entre elas a representação paritária dos alunos nos conselhos deliberativos da fundação.
O Diretor de Grêmios da União Goiânia dos Estudantes Secundaristas (UGES) afirma que a jornada trouxe diversas conquistas e mais sede de luta para os estudantes. “Com a jornada, nós conseguimos catalisar as principais demandas do movimento estudantil e apresentamos nossas pautas, obtendo algumas conquistas, mas a luta não pode parar. Agora os estudantes estão reformulando os grêmios e tomando medidas para dar continuidade a essas reivindicações.”, afirma.
Todos os anos o movimento estudantil defende na tradicional Jornada Nacional de Lutas as principais bandeiras capazes de fortalecer a educação no país. Após sair às ruas por melhorias no ensino técnico, a UBES e os secundaristas brasileiros continuam na luta em apoio aos professores de todo o país.
Atualmente, há greve dos profissionais da educação em 10 estados brasileiros. Os estudantes têm declarado apoio e participado das assembleias da categoria em todos os Estados. Os professores têm pressionado prefeituras e governos estaduais contra a superlotação de turma, pelo cumprimento do piso salarial e pela abertura de diálogo.
Os secundaristas permanecem mobilizados pelo Brasil. No Paraná, onde sob as ordens do governador do Estado, Beto Richa (PSDB), a polícia militar feriu mais de 200 educadores, acontecerá na próxima terça-feira (05) nova manifestação pela democracia e por mais direitos.
Da Redação.