Ubes – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

INSTITUTO FEDERAL OBTÉM MAIOR NOTA NO ENEM 2014
12 de agosto de 2015
EM LUTA, 100 MIL MULHERES COLOREM BRASÍLIA
13 de agosto de 2015
Mostrar todos os posts

PM AGRIDE MANIFESTANTES EM ATO CONTRA AUMENTO DA TARIFA EM MG

Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram disparados contra manifestantes

Uma passeata pacífica contra o aumento da tarifa de ônibus acabou reprimida pela Polícia Militar na noite desta quarta-feira em Belo Horizonte, Minas Gerais. A passeata seguia pelo centro da cidade quando os manifestantes foram reprimidos pela PM com balas de borracha e bombas de efeito moral. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas e ao todo e 58 foram presas.

11853832_834645859975892_1518866484_n (1)

As passagens de ônibus na capital de Minas Gerais subiram de R$ 3,10 para R$ 3,40 no último sábado (8). O aumento foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 31 de julho e valeria a partir do dia 4 de agosto. “Está já é a segunda vez que a tarifa aumenta em menos de 7 meses no Estado”, afirma o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Francisco Faria, detido durante o ato.

A manifestação foi organizada por meio das redes sociais, com início no fim da tarde na Praça Sete de Setembro e reunia cerca de mil manifestantes, que encontraram um bloqueio de militares na Avenida Afonso Pena, próximo à prefeitura. Ao desviar pela transversal, os manifestantes foram recebidos por outro cerco de policiais com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

11880182_834645873309224_121800170_n

O presidente UCMG afirma que a polícia agiu de maneira truculenta durante o protesto que seguia pacífico. “Os policias bloquearam as vias de passagem. Eu e mais alguns manifestantes corremos em direção a um hotel para se livrar da sensação que o gás lacrimogêneo causava, foi quando eles chegaram e agrediram a gente, inclusive deram um tapa no meu rosto. Logo em seguida me algemaram e levaram para a delegacia”, conta.

Na versão da PM, os manifestantes iniciaram um ataque contra os militares o que justificou a ação violenta da polícia, no entanto a versão é desmentida por vídeos e depoimentos. No vídeo abaixo é possível ver a ação da PM durante o ato:

 

NOTA DE REPÚDIO

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) vêm a público manifestar absoluto repúdio a atitude truculenta da polícia militar de Minas Gerais, que no dia 12 de agosto de 2015 prendeu e agrediu brutalmente jovens estudantes e trabalhadores na tentativa de impedir o exercício pleno de democracia.

Os manifestantes, em sua maioria são jovens estudantes que têm reivindicado pacificamente com marchas e interdições nas ruas do centro de Belo Horizonte, Minas Gerais. O motivo é a indignação contra o reajuste de R$ 3,10 para R$ 3,40 nas passagens de ônibus; aumento que ocorre pela segunda vez em sete meses no estado. O ativismo dos estudantes, que de forma legítima, representa para todo o país o cenário que vive a capital, e que terá todo o apoio da UBES para garantir sua atuação.

Não podemos permitir que a censura e a violação do governo, com sprays de pimenta, balas de borracha e tropas firam a liberdade de expressão de cada cidadão, como aconteceu no Brasil durante a ditadura militar. Vimos jovens indo para cadeia por exercerem seus direitos, direitos que cabem ao próprio Estado garantir. Porém, essa é a mesma juventude que lutou contra a repressão dos militares em tempos de censura; apesar de toda a pressão feita pela polícia militar, os jovens continuam à ir às ruas e a buscar o diálogo com a prefeitura do estado tentando garantir a qualidade e acesso do transporte junto à opinião de toda população mineira.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais emitiu uma nota de repúdio à violência empreendida pela Polícia Militar em que afirma que “com desproporcional uso da força, os militares atacaram com bombas e balas de borracha jovens e adolescentes, que seguiam em ato pacífico contra o aumento das passagens no transporte coletivo”. A entidade se colocou à disposição, com todo o suporte institucional e jurídico necessário, dos repórteres e demais profissionais de imprensa que tenham sido impedidos de exercer a sua função durante a manifestação.

União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)
União Colegial de Minas Gerais (UCMG)
União Nacional dos Estudantes (UNE)
União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG)
Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais