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Diante da previsão de congelamento dos salários até 2017, uma greve geral no estado deve ser iniciada
Estudantes e servidores de diversas regiões do Rio Grande do Sul ocuparam a Assembleia Legislativa nesta terça-feira (14), para protestar contra a proposta polêmica do governo do Estado para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para os próximos dois anos o projeto prevê correção de apenas 3% em relação ao previsto para este ano, o que significa o congelamento de salários, uma vez que 3% cobre apenas o crescimento vegetativo da folha de pagamento.
Os deputados ignoraram a forte pressão do funcionalismo e da sociedade e por 31 votos a 19 aprovaram a LDO. Todas as emendas contrários à proposta foram rejeitadas.
“O governo Sartori se contradiz quando diz que está em crise, pois neste ano aprovou um reajuste de 45% para sua cúpula e de 64% para seu secretariado. E para nós, servidores públicos, será 0% de reajuste até 2017. Com a unificação dos servidores o governo que se prepare, estamos caminhando rumo a greve geral”, destaca a presidente do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Helenir Aguiar Shürer.
Além de pressionar os deputados, representantes da UBES, UNE, dos movimentos sociais e servidores públicos ocuparam o plenário da assembleia para impedir a votação. A diretora da UBES no estado, Fabíola Loguercio, comenta outras propostas do governo que afetam diretamente o povo gaúcho.
“Essa correção irá arrochar os salários dos servidores. Professores, bombeiros, polícia civil, todos serão prejudicados. Nosso protesto foi também pela falta de abertura de vagas para concursados, cortes no passe livre estadual e uma possível privatização da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul”, acentua Fabíola.
A greve geral em todo o estado já começa a ser articulada. “Nós, estudantes, não aceitaremos a precarização da educação e do serviço público no estado”, conclui a líder estudantil.
Conheça os deputados que votaram a favor da LDO e que estão contra os funcionários públicos. Acesse aqui.
Da Redação, com informações do Cpers.
