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Professores do Paraná resistem a desmonte de previdência e são recebidos por truculência policial

Educadores em greve foram atacados por policias militares durante ato nesta quarta-feira  

Professores da rede estadual de ensino do Paraná estão paralisados desde o dia 27 de abril, com adesão praticamente total da categoria. Os docentes protestam contra a aprovação de um projeto de lei que pretende alterar a previdência dos servidores estaduais. Os profissionais de ensino estão em greve pela segunda vez esse ano.

Nesta ​quarta-feira (29), os professores em greve foram atacados pelos policiais militares. Bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e balas de borracha foram disparadas contra os manifestantes. ​Mais de cem pessoas ficaram feridas. Desde ontem, mais de 200 professores estão acampados em frente a Assembleia Legislativa do Estado. A votação do projeto de lei foi adiada mais uma vez.

De acordo com a Presidenta da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Camila Lanes, durante a madrugada, policiais militares reagiram com truculência. “Alguns professores foram agredidos por policiais porque estavam querendo guinchar um caminhão de som e nós tentamos impedir. Ao tentarmos furar a barreira feita pelos policiais, os policiais que reagiram com muita violência”, afirma.

Diante do pedido do governador que impedia a livre participação da população durante a votação, a UPES, solicitou um habeas corpus que permitiria que a população acompanhasse a segunda votação do projeto. No entanto, o documento foi revogado na tarde desta quarta-feira e agora só será permitida a entrada dos presidentes das entidades que representam o funcionalismo público do Estado.

O QUE ESTÁ EM JOGO

O governo paranaense deseja alterar o Regime Próprio de Previdênca Social do Estado, a Paraná Previdência que é composta por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário. O governo quer que 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, que é financiado com recursos do Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público.

Segundo o governo, o Fundo Previdenciário tem mais de R$ 8,5 bilhões em caixa e esta migração proporcionará uma economia de R$ 125 milhões, por mês. O projeto prevê também que o Fundo Previdenciário terá ainda o aporte de R$ 1 bilhão a partir de 2021, com o reinício de repasse ao Estado dos royalties da usina de Itaipu, que garantiria o sistema por pelo menos 29 anos.

Da Redação, com Paraná-Online.

Foto: Gazeta do Povo.