Desde que o reajuste das tarifas de ônibus, trem e metrô entrou em vigor em 9 de janeiro, aumentando o valor das passagens de R$ 3,50 para R$ 3,80, o metrô de São Paulo está com dificuldades em fornecer troco aos seus usuários.
Devido ao problema algumas estações do metrô estão cobrando o valor antigo R$ 3,50 e não o valor reajustado de R$3,80 como é o caso da estação Consolação, localizada na Linha 2-Verde do metrô.
Lá um cartaz fixado nas proximidades da catraca informa que o valor da passagem está custando R$ 0,30 a menos por falta de troco.
As entidades estudantis União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Estadual dos Estudantes (UEE), Associação de Estudantes Pós-Graduandos (ANPG) e a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) já declaram que são contra o reajuste da tarifa e tem apoiado as manifestações contra o aumento na capital paulista e em todo o Brasil.
Por razão deste despreparo do metrô de São Paulo e em protesto contra o aumento, as entidades estudantis convidam todos os estudantes e trabalhadores paulistanos à participarem da campanha “Boicote ao Metrô de São Paulo”.
O objetivo é mobilizar a população que utilizem notas com valores que realmente dificultem o troco, forçando o metrô a cobrar preços mais baratos na compra dos bilhetes.
Segundo funcionários, o problema ocorre diariamente desde que teve o aumento do preço da passagem. Em alguns dias, o preço da venda dos bilhetes nos guichês começa com o valor integral, mas quando o troco vai acabando o valor diminui.
De acordo com a presidenta da UBES, Camila Lanes, o aumento nas tarifas do transporte está cada vez mais frequente e os cidadãos não aguentam mais pagar para enriquecer grandes empresas. “Há anos, governadores e prefeitos têm aumentado o valor das tarifas no transporte coletivo sem a menor consideração com o bolso do povo brasileiro, sempre priorizando enriquecer os empresários. Não vamos permitir que esse abuso continue, enquanto a tarifa não baixar vamos boicotar”, afirma.