A medida provisória de reforma do ensino médio, imposta pelo governo golpista de Michel Temer é mais um dos retrocessos que tem causado mobilizações estudantis em todo o Brasil. Anunciado no dia 22 de setembro, o projeto visa excluir as disciplinas de Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física do currículo obrigatório das escolas, tornando-as matérias optativas. A proposta tem sido veementemente refutada pelo movimento estudantil, que discorda do projeto autoritário que pretende eliminar o pensamento crítico das instituições de ensino.
Acompanhe as lutas dos secundaristas que se espalharam por todo país nas últimas semanas:
A União dos Estudantes Secundaristas do Espírito Santo (UESES) organizou um evento para discutir sobre a reformulação de Temer na última semana (26). No Colégio Estadual do Espírito Santo, professores e secundaristas falaram ainda a respeito do retrógrado projeto da Lei da Mordaça. No fim da reunião, o movimento estudantil deliberou por uma jornada de lutas para combater as ações do governo no setor da Educação.
Em Salvador, a Associação Soteropolitana dos Estudantes Secundaristas (USES) e a Associação Baiana Estudantil Secundarista (ABES) realizaram um debate no Instituto Anísio Teixeira, na última sexta-feira (29), para meios de combater a MP da reforma. O encontro contou com a presença de representantes da Secretaria da Educação e da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB).
Na última quinta-feira (29), no centro da cidade do Rio, secundaristas ocuparam as ruas e realizaram uma aula pública para dizer não à MP do ensino médio. Os estudantes programam ainda uma manifestação para esta sexta-feira (7), contra a medida autoritária de Temer. Essa será a segunda mobilização dos secundaristas cariocas com esse mote.
Outra pauta que impulsiona os protestos estudantis no Rio é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, que congelam os investimentos do governo em áreas sociais pelos próximos 20 anos, passando a destinar as verbas para o pagamento da dívida pública.
Na última quinta-feira (28), o movimento estudantil de Manaus realizou um protesto no Parque dos Bilhares, localizado na zona sul da cidade, para reivindicar a retirada do projeto de reforma do ensino médio. Com placas que exigiam o fim do governo golpista, os estudantes se uniram aos professores para debater e protestar.
Na sexta-feira (29), a Associação Mato-grossense dos Estudantes Secundaristas estiveram na Escola Estadual Professora Zélia Costa de Almeida para pautar o currículo do ensino médio e repudiar a medida de reformulação imposta autoritariamente pelo governo ilegítimo.
No interior de São Paulo, no município de Sorocaba, estudantes e professores participaram de uma aula pública sobre a reformulação do ensino médio, na última quinta-feira (29). O encontro contou com a presença de Alexandre Tardelli, diretor estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Ainda em Sorocaba, a Escola Estadual Professor Aggeo Pereira do Amaral e a União de Sorocaba dos Estudantes Secundaristas (USES) realizaram uma paralisação no dia 26 de setembro.
Em Osasco, um dia após o anúncio da reforma, a União dos Estudantes de Osasco (UEO) foi às ruas, no dia 23 de setembro, no ato “Estudantes Sem Temer”. A mobilização ocorreu no centro da cidade.
A Escola Estadual Domingos Mignoni, localizada no município de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, foi ocupada contra o projeto também no dia 23 de setembro.
Na última segunda-feira (3), o Colégio Estadual do Paraná (Cep), localizado na região central da capital, ocupou as ruas para protestar contra o projeto imposto por Temer. Além disso, no mesmo dia, estudantes universitários somaram à luta dos secundaristas e participaram de uma paralisação e de uma aula pública na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (Puc-PR), localizado no bairro Prado Velho.
Na manhã da última terça-feira (04), os estudantes do Centro de Ensino Médio 414 (Cem), de Samambaia, se organizaram para debater sobre as mudanças impostas pela MP de Temer. A escola está ocupada desde segunda-feira (3), em protesto contra o desmonte da educação em todo país, que está sendo realizado pelos planos do governo golpista.
O Centro de Ensino Médio Elefante Branco foi outra escola que se uniu na luta contra a MP, com a realização de rodas de conversa entre a comunidade estudantil na última segunda-feira (3).