Após ocupação da sede histórica da entidade em 2013, movimento realiza 19º Congresso estudantil
Após diversas mobilizações, estudantes da União Maringaense dos Estudantes Secundaristas (UMES), realizam neste sábado (9) o 19° Congresso da entidade, que comemora a conquista de retomada sua sede histórica no Paraná. O evento começa às 14h na Câmara Municipal. Além da eleição da nova diretoria, o congresso também realizará um evento cultural em tributo ao rapper Sabotage.
O movimento estudantil de Maringá marcou o mapa das mobilizações da juventude pelo direito à memória das lutas e conquistas dos secundaristas brasileiros ao defender, com o apoio da UBES e da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), a conservação de seu patrimônio histórico há 50 anos.
Após dez anos impedidos de utilizar a sede original da UMES, os secundaristas maringaenses, em setembro do ano passado, decidiram ocupar o imóvel em busca da reativação da sede original da entidade fundada em 1957. Construída pelos estudantes na mesma época, após 23 dias de protestos e ocupação (relembre aqui), o Ministério Público entrou em acordo com a entidade e cedeu o imóvel para que os estudantes pudessem desenvolver novamente suas atividades.
“A UMES é uma entidade histórica que representa os estudantes maringaenses há muitos anos, e após a reativação da sede no ano passado, esse congresso tem uma importante representação. É hora de comemorar e definir as novas lutas da entidade”, afirma Luiza Lourenço, Diretora de Comunicação da UPES.
Entre as principais bandeiras de luta, que serão apresentadas durante o evento está o Passe Livre, a reformulação do ensino médio, mais espaços para lazer na cidade e mais autonomia aos grêmios estudantis.
O Congresso contará com o apoio de diversas entidades estudantis, 22 grêmios da cidade de Maringá e do presidente da Câmara Municipal, Ulisses Maia.
Logo após a eleição da nova diretoria e planejamento de gestão será realizado um evento cultural, com início às 18h, onde acontece um tributo ao rapper Sabotage, rinhas de MCs, oficinas de grafite e apresentações de grupos de dança e teatro.
Em 2014 completam-se 11 anos do falecimento do rapper Mauro Mateus dos Santos, mais conhecido como Sabotage. Paulistano da favela do Canão, no extremo sul da capital, foi um dos primeiros a levar o rap para a mídia, sem perder a essência politizada de seu discurso.
Assassinado com quatro tiros, Sabotage deixou um único álbum, Rap é Compromisso, um marco na história do rap no país e influência para muitos artistas.
Da Redação